...e tu quebrou meu violão
que situação!
ou será que fui eu que perdi a noção?
viajo em vão
feliz to não
no bolso nem cifrão
pra compensar locomoção
onde vou estar
quando o céu desabar?
num quarto de hotel,
ou em qualquer outro lugar
que faça sentido chamar de lar?
descrevo vias, ruas, marginais
de perto são todas iguais
de longe me banho pleno
na bosta de seus canais
não, meu nariz não quer mais
o cheiro das cidades normais
no fim até dei sorte de estar aqui
de não morrer, de não me ferir
mas indassim não vi
motivo nenhum pra sorrir
mas se até o pato e a vaca se dão bem
que me impediria
de saltar na rabeira do trem
rasgar mato, rio, montanha
ir além
no fim da linha ali, jávi
encontrar
ninguém...
terça-feira, 24 de setembro de 2013
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