avisa Manoel de Barros que eu cheguei
mandarei sinal de fumaça
espero que ele veja
e me receba em sua mansarda
trouxe uns passarinhos pra ele
na minha cabeça
soltos
nem sei se estão aqui ainda
tive de alimentá-los
fiquei quase sem idéias
cisquei no chão migalhas
e escrevi esse resto de poema
pra não esquecer
que no fundo do peito
ainda brotam arco-íris
dentro de cada tempestade
avisa ele que eu cheguei
sem projeto
sem prancheta
sem diploma de doutor
eu quero mesmo é ser ator
poeta ou cantor
da memória contar histórias
que não saem exatamente como entraram
do coração cavar uma flor
encantar aquela moça
que um dia prometeu
me mostrar o que é o amor
então Mané, meu vô, cá estou
levarei café preto
e bolo de milho quentinho com manteiga
e tu, professor
me ensina a pescar
e a viver do que se sonhar?
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
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