sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

poeminha para o anos novo que passou

respirava só com ajuda de aparelhos
computadores e cigarros mantinham acesa a brasa
que um dia ensaiou pra ser chama

me chama?

pra sair, pra transar, ir ao cinema, falar mal da vida dos outros
qualquer coisa
que force algum sentido
pra além do meu próprio silêncio

me chama vai...

pelo nome, pelo pinto, de bonito, filho da puta
mas deixa eu pensar que sou lembrado
e considerado
ainda que como escória
alma vil que ainda vale um recado da memória

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